No dia 18 de maio, no Módulo Esportivo, o CAPS (Centro de Atenção Psicossocial) “Tião Lapa”, comemorou o “Dia de Luta Antomanicomial” com uma exposição dos trabalhos desenvolvidos pelos seus pacientes acolhidos.
A exposição foi aberta para toda a comunidade e alunos foram convidados para o evento. Já na chegada os visitantes se depararam com a seguinte pergunta: “Qual é a linha que nos separa da Loucura?”. Ao lado, foram expostos os pontos negativos que podem ocorrer com as pessoas com transtornos psiquiátricos, sendo: desrespeito, tortura, preconceito, exploração, abandono, sedação, encarceramento, choque elétrico, exclusão social, tristeza, desumanidade, maus tratos, isolamento e solidão. E do outro lado, o que é preciso ter o paciente: acolhimento, humanidade, igualdade, respeito, tratamento, autonomia, inclusão social, liberdade, esperança, amizade, carinho, autoestima, carinho, confiança e compreensão.
Uma variedade de produtos foi exposta. Vários dos trabalhos apresentados são do “Projeto de Geração de Renda”, desenvolvido com alguns pacientes. A exposição contou com itens como, por exemplo, bandejas, porta-joias, vasos de flores, bordado em crochê, vagonite e ponto cruz, cestas, artesanato com linhas, chaveiros, artesanatos com jornal, tapetes, dentre outros.
Utilizando a frase de Guimarães Rosa, “Toda espécie de amor é um descanso para a loucura”, o CAPS, segundo a coordenadora Cristina Maria de Freitas Pires, teve como objetivo mostrar para a comunidade aparecidense que as pessoas com transtornos psicológicos merecem amor e respeito. Cristina ressaltou que a data é uma grande conquista. “Queremos mostrar que as pessoas precisam de um tratamento mais humano e isso a gente busca desenvolver diariamente aqui no CAPS. Foi dia de comemorar o surgimento dos serviços substitutivos de atendimento da pessoa com transtornos psiquiátricos”, disse.
O prefeito Robinho Samara e o secretário de Saúde, Luciano Silva, prestigiaram a exposição organizada pelo Centro de Atenção. “Todos nós precisamos de dignidade, respeito e liberdade. A saúde mental é muito importante para o ser humano e o trabalho do CAPS tem assegurado ainda mais o controle de seus pacientes”, disse Robinho.
O CAPS funciona de segunda a sexta-feira, das 7h30 às 11h30 e das 13h às 17h. No local, trabalham os seguintes profissionais: psicóloga, assistente social, enfermeira, pedagoga para terapia ocupacional e técnica de enfermagem. São atendidos 760 pacientes, destes, 323 estão cadastrados e participam frequentemente em oficinas e acompanhamentos.
