No dia 17 de julho, segundo dia da VII Conferência Municipal de Saúde, que ocorreu no Salão de Festas da Melhor Idade, foram formados quatro grupos para a elaboração de propostas e sugestões para melhorar o modelo de atendimento do Sistema Único de Saúde (SUS).
A Conferência trabalhou o tema “Saúde pública de qualidade para cuidar bem das pessoas, direito do povo brasileiro”. Cada grupo ficou com um eixo para discutir e debater. Foram colocados em discussão os seguintes eixos: 1 – Direito da Saúde Garantia de Acesso e Atenção de Qualidade; 2 – Valorização do Trabalho e da Educação em Saúde; 3 – Financiamento do SUS e Relação Pública Privada; e 4 – Gestão do SUS e modelo de Atenção à Saúde.
Ao final cada eixo apresentou as suas propostas. No eixo 1 propuseram levar para a Conferência Estadual as seguintes propostas: Realizar a Educação Permanente com perspectiva na Política de Humanização do SUS (Acolhimento nas Unidades , Pronto Socorro); Criar instrumental avaliativo que indique o nível de satisfação do usuário do SUS, contemplando os seguintes critérios: Qualidade de atendimentos dos profissionais dentro dos estabelecimentos de saúde do SUS; Resolutividade da média e alta complexidade (período aguardado pelo exame, consulta de especialidade ou cirurgia); Melhorar da Referência e Contra- Referência; Formar Assembleias populares com objetivo de esclarecer sobre o SUS; e Pré-conferências com participação popular nas Unidades de Saúde, Grupo de Gestantes, Centros Comunitários.
No eixo 2: Piso salarial por categorias profissionais; Capacitação dos Funcionários, criação de um sistema online simplificado com acesso a todos para informar os trabalhadores da saúde sobre os cursos oferecidos e incentivo pelo município aos funcionários para realizar os cursos oferecidos pelo Estado; Profissional qualificado em educação permanente; Reuniões das equipes de trabalho visando uma melhoria no atendimento e resolver os problemas existentes, utilizando também esse espaço para capacitação dos funcionários da equipe; Regularização da profissão do condutor de emergência, mediante a Lei Federal 12.998/14; Melhoria nas condições de ambiente de trabalho; Melhoria na infraestrutura para melhor acolhimento dos usuários; e disponibilidade de uniformes e crachás para identificação dos profissionais.
No eixo 3: Financiamento – aumento do repasse da Assistência Farmacêutica (estado e federal); Implantação da nutricionista na Atenção Básica (Município); Financiamento para ampliação dos atendimentos da Atenção Especializada (Estado); Criação do cargo de coordenações (Município); Investimento na micro-região e macro-região para atendimento da Média e Alta Complexidade (Estado); Investimentos em mais médicos e exames especialistas, principalmente na Saúde mental, com psiquiatras e neurologistas, aumentando o repasse do PPI (Estado); Aumentar o financiamento para confecção de prótese no programa Brasil Sorridente (Federal); Aumentar o repasse da contratualização – verba direcionada para o Hospital (Estado e Federal); Liberar recursos para os programas e projetos dentro dos prazos estabelecidos (Federal); Que não haja criação de programas federais, até que os atuais sejam financiados a contento; e investimentos em palestras para educação, prevenção e conscientização da população. No eixo 4 propuseram: Ampliar a cobertura das ESF, melhorando assim a assistência integrada ao usuário, melhorando as triagens e as visitas domiciliares; Ter protocolos em atendimento e que haja funcionalidade desses protocolos pelos trabalhadores e pelos gestores de saúde e esclarecer esses protocolos a população em geral e autoridades do município; Aumentar a publicidades dos programas que o serviço de saúde público oferece a população, como confecções de cartazes, folders, banners, rádio local; Organizar educação em saúde integrada com escolas municipais e estaduais, trabalhando continuamente temas relevantes para a conscientização do usuário; Monitorização na saúde de forma geral, número de atendimentos no hospital e pronto socorro, ou seja quanto menos o atendimento na área hospitalar, melhor está sendo o atendimento na área preventiva; e trabalhar nas unidades o atendimento de maior demanda desses serviços hospitalares, através dos programas de saúde.