Aparecida do Taboado realizou neste 18 de maio, Dia Nacional da Luta Antimanicomial, o 1º Encontro da Rede de Atenção Psicossocial (RAPS) com o objetivo de falar sobre a importância da data, destacando principalmente o quão importante é o fortalecimento da rede de saúde mental antes de os pacientes serem ‘abandonados’ em manicômios. (
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A reunião ocorreu na Casa do Trabalhador, coordenada pela psicóloga Tainá Freitas, que falou sobre o
estabelecimento de diretrizes para políticas públicas de saúde mental, reforçando a necessidade de priorizar o respeito à cidadania e aos direitos da pessoa em sofrimento psíquico.
Deste primeiro encontro, participaram os profissionais da Atenção Básica de Saúde e da Secretaria de Assistência Social, como também os representantes do Poder Judiciário.
No encontro foi tratado sobre o trabalho realizado pelo Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) para evitar as internações psiquiátricas, destacando que há mais de 30 anos a política nacional de saúde mental passou por transformações guiadas por um processo de
reforma psiquiátrica, inspirado no Brasil ainda no final dos anos 70, com o surgimento de movimentos sociais formados majoritariamente por trabalhadores da saúde, associações de familiares, sindicalistas e pessoas com longo histórico de internações psiquiátricas.
Em 18 de maio é comemorado, em todo o país, o Dia Nacional da Luta Antimanicomial. Organizado por diversos movimentos sociais, grupos e entidades, o dia é de celebração e de luta em espaços públicos e serviços de saúde mental.
Nesta data, no ano de 1987, foi realizado um encontro de grupos favoráveis a políticas antimanicomiais, onde surgiu a proposta de reformar o sistema psiquiátrico brasileiro. Pela relevância daquele encontro, a data de 18 de maio tornou-se o Dia Nacional da Luta Antimanicomial.
Como surgiram RASP e CAPS
Em compasso com a redemocratização do país e a criação do Sistema Único de Saúde (SUS) pela Constituição de 1988, surgiram as primeiras demonstrações efetivas do que propunham os defensores da reforma psiquiátrica e da
luta antimanicomial.
Oportunidade em que destacaram os serviços destinados oferecendo cuidados contínuos de saúde, de caráter residencial transitório para pacientes com necessidades clínicas estáveis, principalmente os decorrentes do uso de crack, álcool e outras drogas.
Assim surgiram a Rede de Atenção Psicossocial (RAPS) e o Centro de Atenção Psicossocial (CAPS).
Nos últimos dois anos e meio, o número de atendimentos psiquiátricos no CAPS I ‘Tião Lapa’ em Aparecida do Taboado foi triplicado. A unidade registra cerca de 200 atendimentos por mês, oferecendo ainda monitoramento medicamentoso e várias oficinas terapêuticas, como bordado, pintura, cerâmica e crochê.
O CAPS fica na Avenida dos Estudantes, nº 1220, Chácara Boa Vista, com atendimento das 7h50 às 11h50 e das 13h30 às 16h30. Mais informações pelo telefone (67) 3565-6147.